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domingo, 4 de agosto de 2013

Ao cabo de sua missão, os mestres espirituais podem decidir deixar voluntariamente seu corpo físico, passando de forma consciente pela morte, ou melhor dizendo, pela transição. Essa prática ocorre há milhares de anos na Índia e em outros países do mundo. Após ter cumprido tudo o que era necessário na Terra, um mestre pode abandonar seu corpo físico, decidindo que chegou a hora de sua partida para outro plano.

Esse processo chama-se Mahasamadhi, na tradição da Yoga. Isso ocorreu com Ramakrishna, com Yogananda, Sri Aurobindo, Larihi Mahasaya e com vários outros yogues e místicos ocidentais e orientais. Essas almas têm plena consciência de sua missão e do seu plano de vida, das tarefas que precisam cumprir e do tempo necessário a sua permanência na Terra.

Uma pessoa comum morre através do esgotamento dos seus órgãos; um mestre espiritual sai conscientemente do corpo ao findar a sua missão. O Mahasamadhi ocorre em estados de consciência bem elevados, como os níveis de samadhi, tal como preconizados pela tradição da yoga. O yogue descarta seu corpo mortal e atravessa os portais da morte sem medo e sem incertezas.

Na maioria das vezes, quando um mestre espiritual passa pelo mahasamadhi, seu corpo se torna aquilo que se convencionou chamar de corpo incorruptível, como os corpos incorruptíveis que observamos de vários santos católicos. Mas incorruptibilidade é um termo impreciso, posto que o corpo físico não é incorruptível, mas apresenta uma degeneração num tempo bem maior do que o corpo de pessoas comuns. Em outras palavras, o estado de putrefação e desagregação do corpo demora muito mais a ser decomposto. Foi o que ocorreu com vários santos católicos. Isso ocorre por que o estado de consciência dos santos cria um magnetismo ou uma energia sutil que preserva seus corpos por mais tempo do que o habitual, mais resistentes a ação do tempo. Hoje em dia podemos visitar o mausoléu de personalidades cristãs que foram canonizadas pela Igreja e mantém seus corpos físicos em prolongados períodos de conservação.

Há uma passagem de Conríntios belíssima que ilustra bem esse ponto e aborda a inexistência da morte: “E quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade e este corpo mortal se revestir de imortalidade, então se cumprirá o que está escrito: A morte foi tragada pela vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó sepulcro, a tua vitória?” (I Coríntios 15:54-55)

Do livro "Espiritualidade para Todos"
Via Hugo Lapa

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