Total de visualizações de página

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

QUEM É ESSE 'EU' PROBLEMA?




Ter problema não é o problema. Problema, dependendo do modo que encaramos, tem até sua serventia, pois serve como aprendizado, traz emoção, nos tira do "status quo", dá uma mexida e no fim a sensação de dever cumprido e superado. Imagina o que seria do azul se apenas existisse o rosa?!
Problema está em nos habituarmos e vivermos em função, nos vitimizando e adorando a atenção que ser vítima atrai... Realmente algumas pessoas com a crença do bom samaritano até tentam ajudar, mas resolver o problema mesmo, não cabe ao outro, apenas a nós. E com o tempo, se insistirmos no papel de vítima, corremos o risco de sermos “personas non gratas”.
Não devemos nem nos surpreender se ouvirmos sussurros dizendo: Lá vai “a problemática(o)", "pobre coitada(o)..." Será mesmo legal, ser visto assim?! Somos só isso?! Acho que não.Tem muito mais embaixo dessa máscara, dessa crosta, mas deixar vir à tona é nossa escolha.
Você se preocupa com os erros que cometeu no dia anterior? Você relembra suas conversas para descobrir o que falou de errado? Não fica satisfeito com as roupas que veste? Quando está com outras pessoas fica imaginando se elas serão críticas com você? Sente que existe algo de errado com você que precisa ser consertado?
Se estes sentimentos refletem a maneira como você se sente em muitos momentos, acredite você não está sozinho. Eles refletem a presença de um aspecto de nossa personalidade que reflete os julgamentos e censuras que recebemos de nossa família, escola e grupo religioso. Esse aspecto nasce junto com o processo de socialização, período em que aprendemos as regras, os comportamentos e os valores socialmente são aceitos.
Através de nossa mente sabemos se nossas ações, pensamentos ou emoções estão em concordância ou discordância com estas regras e valores. Se formos “obedientes" nos sentimos bem aparentemente, se quebrarmos as normas ou expectativas nos sentimos culpados ou desmoralizados, e isso são padrões. Chega a um ponto em que nossos pensamentos se antecipam a tudo, alertando-nos de qualquer comportamento que possa trazer descontentamento ou ameaçar-nos.
E ai é que o ego se afirma centralizando nossas percepções e ocorre um bloqueio em nosso emocional. Por receio de sermos expostos, criticados e humilhados deixamos de mostrar quem realmente somos e o que somos capazes de fazer, o que diminui nossa auto-estima e autoconfiança e faz surgir vários sintomas, entre eles a depressão, a ansiedade, a insegurança e a falta de sentido na vida.
Aos poucos nosso ego, usando nossos pontos fracos, desenvolve uma intuição própria, que o capacita a analisar nossos sentimentos, motivações e dúvidas e, principalmente, para identificar as falhas e limitações de nosso caráter.
Nos sentimos incapazes, sem talento, longe do modelo ideal, inadequados. Assim permitimos que o ego, alimentado por memórias que rodam no nosso emocional, assuma o controle se excedendo de posse de informações íntimas, como medos e fragilidades, ao invés de nos apoiar nos momentos difíceis, ele aparece como um doutor sabe-tudo, exagerando, ou mesmo inventando dificuldades e limitações pessoais.
Trabalha livremente, perseguindo e questionando cada uma de nossas ações e decisões, sabotando nossos sonhos, objetivos ou projetos apenas para confirmar a sua versão da nossa história, o "quanto ele tinha razão". Através da auto-sabotagem criamos conflitos desnecessários, atos que frustram ou impedem a realização de um propósito sobre o qual investimos nossas energias.
Nós, se funcionarmos através do ego, sabotamos questões de trabalho, de relacionamento, financeiras, de habilidades ou de confiança nas demais pessoas.
Devemos pedir a limpeza e assim não permitir que nosso ego se afirme através de memórias.

Provavelmente sempre teremos o que limpar, mas vale a pena, é como se a cada memória limpa uma luz de força e vida se acendesse dentro de nós, nos impulsionando, nos erguendo e ai as memórias que vem surgindo se tornam fracas e não conseguem oscilar nossas energias. Superar as adversidades que por ventura possam surgir se torna menos angustiante e viver fica melhor.
Vamos parar com essas histórias de vitimização, doenças macabras, leito de morte, viuvez infinda, relacionamentos complicados, etc... Esta mais do que na hora de vivenciarmos histórias normais, reais, aonde o grande trabalho diário seja superar a rotina, pedir a limpeza das memórias, se encarar como 100% responsável e reconhecer o amor em nós, reconhecer Deus em nós. A escolha é nossa! Não digo que não vai haver problema ou doença, mas a maneira como vamos "lidar com..." é que irá determinar nossa cura.
Enquanto continuarmos com comportamentos nocivos e não mudarmos de atitude, nada vai mudar. A prática O Portal funciona, é “vero”, esta aí, mas depende da gente aplicar ao nosso dia-a-dia. Usar as ferramentas é uma forma de auxílio para nos manter na condição de limpeza, no alinhamento, mas o propósito é que uma hora já estejamos tão afinados com a prática que não precisaremos mais.
Ficamos oscilando na limpeza porque somos egocêntricos e presunçosos e então quando algo começa a melhorar largamos de mão e aí voltamos à velha e triste história. O momento em que as coisas começam a melhorar é exatamente o momento em que temos de nos motivar e continuar de maneira tranqüila, sem ansiedades, apreciando a paz. Com um olho no padre e outro na missa e assim evitamos as auto-sabotagens. Orai e vigiai. Orai é o pedido e o Vigiai e a limpeza momento a momento.
Mente do Amor é mudança de atitude. Mente do Amor é hábito. Não é uma ferramenta, pois está contida em nós desde sempre, é nata, só precisamos despertar para isso. Querer espaço! Querer aceitação! Querer tolerância! Querer deixar de envenenar a relações. Querer parar de engolir sapos. Querer ser querida(o). Acredite, todos somos dignos. Exercite a limpeza através do amor. Deus é amor, o maior de todos.
Mude de atitude, se ame incondicionalmente, limpe, escolha o amor em você agora.
Ser humano nem sempre parece fácil... Não somos a Mulher Maravilha ou o Superman, pra dar conta de tudo, salvar o mundo e ainda estar zen no fim do dia, mas o esforço é nosso, a escolha é nossa!
Texto de Andréa Palermo

Nenhum comentário:

Postar um comentário